Depois do grande sucesso de Tuga in Sverige, as tuguices passaram agora para este blogue, cheio de disparates, imagens, pensamentos, caminhos (des)conhecidos... não sei no que isto vai dar
sábado, 31 de dezembro de 2011
Feliz 2012
Desculpem lá o tom irónico, mas se realmente for verdade então aproveitem o ano como se fosse o último, mas só para as coisas boas e felizes que a vida ainda tem para oferecer. Em caso de dúvida...vivem :)
sábado, 3 de dezembro de 2011
O Fado e Eu
Confesso que ouço pouco, mas fiquei até com algum orgulho quando soube da notícia de que o fado fora classificado Património Imaterial da Humanidade. Um reconhecimento de um género musical só nosso que representa a nossa cultura, mas... o nosso modo de estar e sentir? Não sei. Pessoalmente não me vejo como ''ai eu coitadinha, da minha vida, vítima do destino fatal'' hmmm não. Nem acho que a minha geração seja assim. Somos mais de nos queixarmos, mas com outro vocabulário sem ''ais'' e ''inhos'' pelo meio e acomodados de certa forma, sem nos mexermos muito com a perspectiva disto ficar cada vez pior.
Reconheço que sou um pouco ignorante da manifestação fadista e a minha relação com o fado é um pouco estranha. Não o ignoro totalmente por que faz parte da minha cultura. Reconheço, igualmente, a sua qualidade musical, acho bonito o som da guitarra, mas nem todas as vozes me convencem A nova geração do fado não me impressiona. Julgo serem meras cópias e modelos já criados de uma fábrica em série de cantores em que o fado se torna parte de uma elite, dos amantes da tourada e de ideias muito conservadoras. Alguns dos artistas mais conhecidos que vendem discos e enchem plateias não me emocionam. Desculpem a minha insensibilidade, mas sou esquisita com modelos copiados da fábrica de fadistas ''betinhos''.
E se é o fado uma música de sentimentos, o sentimento genuíno não se encontra nos ''fadistas betinhos'' que vendem discos, mas sim nas ruelas da Lisboa antiga. Ele esconde-se antes naquelas tavernas onde os homens e as mulheres do bairro que explodem com toda a sua alma esse ''sentemento'', o verdadeiro fado. Sai desalinhado, desafinado, mas é com alma e é o que interessa. Esse, para mim, é o verdadeiro fado e é esse que representa a nossa cultura e a nossa história de um sentimento de séculos, trazido pelo mar, pelos marinheiros, pela saudade. E assim de canta o fado.
Reconheço que sou um pouco ignorante da manifestação fadista e a minha relação com o fado é um pouco estranha. Não o ignoro totalmente por que faz parte da minha cultura. Reconheço, igualmente, a sua qualidade musical, acho bonito o som da guitarra, mas nem todas as vozes me convencem A nova geração do fado não me impressiona. Julgo serem meras cópias e modelos já criados de uma fábrica em série de cantores em que o fado se torna parte de uma elite, dos amantes da tourada e de ideias muito conservadoras. Alguns dos artistas mais conhecidos que vendem discos e enchem plateias não me emocionam. Desculpem a minha insensibilidade, mas sou esquisita com modelos copiados da fábrica de fadistas ''betinhos''.
E se é o fado uma música de sentimentos, o sentimento genuíno não se encontra nos ''fadistas betinhos'' que vendem discos, mas sim nas ruelas da Lisboa antiga. Ele esconde-se antes naquelas tavernas onde os homens e as mulheres do bairro que explodem com toda a sua alma esse ''sentemento'', o verdadeiro fado. Sai desalinhado, desafinado, mas é com alma e é o que interessa. Esse, para mim, é o verdadeiro fado e é esse que representa a nossa cultura e a nossa história de um sentimento de séculos, trazido pelo mar, pelos marinheiros, pela saudade. E assim de canta o fado.
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