quinta-feira, 26 de junho de 2008

Post em muito atraso: Sex and the City: crónica da Veruska/ written by Veruska

Aqui está o artigo inspirado da minha amiga Veruska, fã convicta da série e do filme o Sexo e a Cidade. Acabei por não escrever nada sobre o assunto, apesar de ter visto o filme, mesmo por falta de inspiração e faltar-me-ia certamente aquele toque tão bem feminino da marca dos sapatos ou de malas, que ela certamente saberá melhor do que eu. Obrigada. :)


Here's the article inspired by my friend Veruska, a real fan of the tv series Sex and the City. Although I've seen the movie I had a lack of inspiration to write my opinion, and I would certainly miss that feminine touch in mentioning about shoes or bags brands. Veruska certainly knows the subject much better than me. Thanks! :)




Sex and the City
4 amigas continuam a apaixonar-se por novas experiências em cada canto de Nova Iorque. Por muitos tropeções que dêem nos seus Manolo Blahnik, recompõem-se sempre e enfrentam a vida de frente. A amizade une as suas vidas, bem como os fantásticos vestidos que usam, perfeitos em todas as ocasiões. Num rol de episódios que nos levam das lágrimas aos risos, acompanhamos a evolução deste quarteto fantástico: paixões, desamores, nascimento, traições... e os closets! Neste caso, "o" closet... da Carrie, pois claro! Que formas, que tamanho e tudo pronto para estar organizadinho. Ai,ai! Mr. Big, não me queres oferecer um?
No fundo, as personagens principais são alter-egos de Carrie: a sua faceta romântica, sexy e realista. Facetas que a ajudam a tomar as várias decisões e que acompanham sempre a protagonista, nem que seja em pensamento, ou na sua mala Louis Vuitton. Sim, porque os acessórios também são protagonistas neste belo filme à beira-rio plantado. Tão ou mais importante que a história, é toda a parafernália que envolve as nossas meninas e que as tornam tão apetecíveis. Todas temos um pouquinho de cada personagem. Em certos momentos queremos ser a acutilante Miranda, a doce Charllotte, a atrevida Samantha ou Carrie, o ícone. Porque não nos definimos apenas por um adjectivo, porque não somos "plain". Temos muito mais para oferecer do que o que salta à vista. E a vida está sempre recheada de surpresas, e é tão interessante! Brindemos! (com Cosmopolitan, claro!)P.S. Há quem diga que o filme, tal como a série, é um filme de gajas. Mas eu bem vi grupos de rapazes a ver o filme com muita atenção. Talvez seja uma tentativa para nos perceber melhor. Se calhar deviam ter levado um bloco de notas.



Four friends are still falling in love with new experiences in every corner of New York City. Even after too many trips with their Manolo Blahnik shoes, they recover themselves and face their lives ahead. Friendship unites them, as well as their fantastic dresses perfect for every occasion. In a serie of episodes that make us laugh until the tears drop we follow the evolution of this fantastic quartet: passions, broken hearts, birth, treasons… and closets! In this case, Carrie’s closet, of course… everything organized … oh Mr. Big don’t you want to give me one like that?

The main characters are Carrie’s super-egos: her romantic, sexy and realistic way of seeing things. Ways that help her to take decisions and follow her, even in thought, or inside her Louis Vuitton. Yes, accessories are also the main characters in this movie by the sea. The importance can be the same or even more than the characters, that surround the girls to become even more fantastic! Everyone one of us has a bit of each of character. In some moments we want to be as smart as Miranda, sweet as Charlotte, forward as Samantha, or Carrie, the icon. We don’t define ourselves as an adjective, since we’re not that simple. We have a lot more to offer than you can think. And life is full of surprises and it is sooo interesting. So let’s give a toast! (with Cosmopolitan, of course)

PS: Someone says that this film, as in the TV series, is a girl’s film. However I saw many boys watching it showing some attention. Maybe it was an attempt to understand us a bit better. Maybe they should have taken some notes…

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Encontrei o meu ioiô! I found my yoyo!!

Lembram-se da febre do ioiô há uns anitos atrás? (Para quem está a chegar aos 30, convém dizer anitos) Estou eu agora um pouco desocupada e decidi fazer as limpezas na casita que estavam a ser adiadas há imenso tempo. Muita tralha para colocar no lixo, muito papel para reciclar e eis que, numa gaveta perdida no tempo, encontrei objectos que me fizeram ficar um pouco nostálgica como o meu último ioiô! Sim, último por que tive vários - lembro-me de um que era vermelho com o símbolo da Coca Cola e este foi sobrevivendo a muito custo, já colado por que entretanto a minha mãe partiu-mo - assim como uma vez me partiu um apito, e me partiu a unha do dedo mindinho quando ainda gatinhava. Foram traumas de infância, mas com muito amor e carinho à mistura.: D

Adiante: com o meu ioiô descobri também umas notas de 20 e 100 escudos - lucro conseguido através do peditório que fiz para o Sto. António (uma tradição que nunca mais vi por Lisboa nesta época), na janelinha do r/c frt. Como achavam piada à menina trapalhona, de caracóis e ar redondinho e inocente a dizer de voz meiga “um tostãozinho para o Sto António!”, as pessoas contribuíam com uma notinha. É por isso que o Sto. António, zangado, por eu não lhe ter dado as notas de 20 e 100 escudos que lhe estou a dever já há algum tempo, não me oferece um noivo. Mas eu era uma menina redondinha e fofinha que apenas coleccionava as notas. Pior seria se as tivesse gasto em doces. Mas não! Ficaram guardadinhas "religiosamente" numa caixinha de fósforos bem decorada.

Mas o ioiô foi a grande descoberta. Agora estou a treinar os truques que sabia de girá-lo vezes sem conta, para cima e para baixo. Yoga para curar o stress? Ah! Nada como o ioiô para exprimir os altos e baixos que temos na vida e tentar sempre puxá-la para cima! :D


Do you remember the yoyo fever not long ago? (I’m almost 30 so I have to say “not long ago”). I’m now less occupied so I started to do a radical cleaning at my small apartment, a thing that had been a bit postponed for a while. Many junk to go to the garbage, too much paper to recycle and suddenly, I found my yoyo in a drawer that was lost in time. My last yoyo! That really made me a bit nostalgic… Yes, my last one, I had several. I remember having a red one, with Coca-Cola written on it and this one survived with great difficulty, already fixed with glue, since my mother once broke it, like she did once to a whistle and the nail of my finger when I was still crawling. I have some childhood traumas but with a lot of love. :D

Along with my ioiô I found some old bank notes of 20 and 100 escudos – a profit that I won when I decided to make a public collection in the name of St. Anthony (a tradition that has faded away among the children and it was typical during this season). And people found that innocent and clumsy little girl, so cute, with her black curls and chubby arms, that they gave some contribution. That’s why that St. Anthony is angry, since I haven’t given him the money that I own to him. And in exchange he doesn’t give me a man to marry with. Lol But I was a little and innocent girl. At least I “religiously” kept the notes inside a decorated and lovely match box. I didn’t spend them on sweets!

However, yoyo was the great finding. Now I’m practising again the old tricks in keeping it up and down several times. Yoga is used to cure stress? Ahah :D Nothing like a yoyo to express the ups and downs in our life, and we can try to pull it up all the time. ;)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

The Happening


Ainda estou para perceber, passada uma semana, se realmente o Acontecimento foi assim muito intenso ou não. Teve momentos bons e maus, por isso não considero que tenha sido o melhor filme realizado por M. Night Shyamalan (os meus favoritos são O Sexto Sentido e The Village). Estamos perante uma vingança ecológica em que a Natureza decide virar-se contra os humanos. Talvez a grande questão que domina o filme do princípio ao fim não é tanto o porquê, mas como e assim termina sem se responder a essa questão – a Natureza tem os seus mistérios que nem todas as teorias científicas podem explicar. Por isso mesmo, o homem deve temê-la e deve ter-lhe respeito. E, assim, na história está um homem e uma mulher perdidos naquele mistério, a tentarem sobreviver, fugindo não se sabe bem para onde. E, assim, o espectador segue aquela viagem forçada, angustia-se com os misteriosos e terríveis actos não controlados das pessoas apanhadas por aquele vírus diabólico. Toda a história até parece ser interessante só que tive aquela sensação de que o realizador chegou a uma certa altura em que ficou sem ideias e prolongaram-se demasiado as cenas sem nunca mais se descobrir o final daquela angústia. Às personagens principais faltou-lhes um pouco o brilhantismo, a cor, tirando o papel da misteriosa senhora, figura louca e imprevisível que surge quase no final do filme.

Momento mau: já vi que depende mesmo da sala de cinema. Como vi o filme no Colombo tive o azar de contar com mais de 10 microfones a espreitar curiosos e em perseguição sonora aos actores. Aí está o mistério, pensei eu, afinal não são as plantinhas que estão a propagar aquele vírus, são os microfones! Mas não – não consegui resolver o mistério – e por incrível que pareça, o filme termina sem aquela viragem inesperada, já tão tradicional na marca do cineasta indiano. Não que ficasse desiludida, também tem de ser um pouco diferente (ou talvez não houvesse imaginação para muito mais), mas penso que o fim para as personagens principiais foi um pouco rebuscado. Não seria muito mais simples ter terminado apenas quando se sabia que o perigo tinha passado? Pronto… não sei… não sou a especialista… mas achei um pouco de mais…

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Viva o Sto António!

Santo António: O santo abençoado que nos deu um fim-de-semana prolongado por Lisboa e folia pela noite fora. Lisboa torna-se numa mega-festa e pelas ruas ouve-se música popular, outra menos popular, comem-se sardinhas assadas, bebe-se sangria ou, até mesmo, a afamada ginjinha e há mesmo muita gente, muitaaa gente. No início da noite são os desfiles das marchas populares - cada bairro da cidade rivaliza pela cor e dança.

E o que se faz na noite de Sto António? Inicia-se na Avenida da Liberdade para se ver as marchas; espera-se com alguma paciência pelo primeiro jarro de sangria e sardinhas a acompanhar (não seria antes ao contrário?) e de energias retemperadas sobem-se pelas ruas íngremes em direcção ao castelo, desce-se a Alfama, entram-se nos arraiais para o bailarico, compra-se um manjerico com poesia castiça, bebe-se mais um pouco e continua-se a festa até o sol surgir.


Saint Anthony: The blessed saint that gave us a long weekend in Lisbon and other places all night long. Lisbon becomes the stage of a mega-party and through the streets we listen to popular music, less popular music, we eat sardines, we drink sangria or the so famous “ginjinha” . In the beginning of the evening there are parades of the popular “marchas” – a group from each neighbourhood that sing and dance along in the avenue, with choreography and colourful dresses. If you like to have party all night long with lots of people this is the best time for it!


And what do you do at such a night? You begin in the Avenida de Liberdade to see the "marchas"; you wait with some pacience for the first jar with sangria and the sardines as company; and now full of energy you go up to the castle, you go down to Alfama, you go to the crowded "arraiais" (small festive parties) to dance a little bit; you buy a basil with genuine poetry; you drink some more and you continue to party until the sun rise.

A band at the parade


The delicious sardine

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia de Portugal

E hoje é feriado, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Por este mundo fora celebra-se o dia nacional... melhor... celebra-se muito mais lá fora no meio dos tugas emigrantes do que aqui. Por cá é apenas um feriado e nada mais do que isso. Por isso não se deixem enganar pela foto que adicionei. A minha rua está repleta de espírito nacionalista. E isso só acontece de 2 em 2 anos. Porquê? Então - hoje por acaso é dia de Portugal, mas com o Europeu, o dia nacional prolonga-se pelo mês de Junho. Canta-se o hino, anda-se de t-shirt vestida da selecção. É só mesmo nestas alturas que o orgulho nacional palpita no coração dos portugueses.
E Camões, jaz um bocadinho esquecido - até por que foi o grande poeta, símbolo da nossa cultura e literatura, que morreu no dia 10 de Junho de 1580. Desconfio que, um dia, o dia nacional será no dia em que nasceu Cristiano Ronaldo- o herói do momento no mundo futebolístico.



And today is a holiday, nacional day of Portugal, Camões and Communities. Throughout this world the Portuguese National Day is celebrated...better... more outside these borders among the emigrants than us. Here it's only a holiday. Nothing else. So, don't be mistaken by the added picture. My street is full of nationalistic spirit. And this only happens 2 in 2 years. Why? Well, it's only by accident that it is a national day. It's the European football championship so, the national pride lasts a month. We sing the national anthemn more often, we dress ourselves a t-shirt from the national football team. It's only during this time, that the national pride makes the heart beating in every Portuguese. And Camões lies a bit forgotten - since he was the one that died in 10th June, 1580 and he is a symbol of the Portuguese culture and language. I have this feeling that in the future the national day will be celebrated as the day of Cristiano Ronaldo's birthday - since he is now the hero in the Football world.

domingo, 1 de junho de 2008

Filmes no baú/ Movies in the chest

Passei este tema de filmes que guardo com muito carinho para este espaço, como forma de poder partilhá-los por cá.

Começo por um que está mesmo no topo da minha lista. A maioria dos filmes de que gosto está quase sempre associada a música. E nada como um filme que celebra Mozart - um dos melhores compositores de sempre. Refiro-me ao filme "Amadeus", para mim um excelente filme vencedor de 8 Óscares da Academia e merecidamente entregues, nomeadamente a F. Murray Abraham como melhor actor e no papel de Salieri.

O filme conta a história de Mozart (um pouco misturada em factos reais e ficcionais) mas sobretudo da inveja de um homem, Salieri, que ambiciona ser tão bom compositor quanto Mozart. Ao mesmo tempo, não compreende como o talento "divino" está entregue a uma figura vulgar como Mozart - um homenzinho ridículo, cheio de vícios e pecados. Ele, Salieri, assume uma postura de homem temente a Deus, mas chega ao ponto de se virar contra a identidade divina e decide vingar-se.

O enredo baseia-se um pouco no boato que foi criado em torno da morte de Mozart. Terá sido envenenado? Se foi, Salieri teria sido o seu assassino? É certo que muitas das situações não são verdadeiras, como o facto de ter sido Salieri a ajudar Mozart a terminar o Requiem de Mozart. No entanto, Mozart teria sido mesmo, segundo testemunhos históricos, uma pessoa jocosa. Até mesmo a gargalhada ridícula que vemos era verdade.

Ah esqueci-me de referir mais uma coisa. Acho que os Óscares da Academia se esqueceram de entregar o Óscar para um dos papéis principais: a música que surge do princípio ao fim e que é o principal instigador de todas os amores, ódios e invejas que realçam toda a trama. É melhor não dizer mais nada... “Let´s look at a trailer!”



I've moved this subject about movies that I keep with great care to this space, as a way of sharing them around here.

I begin with one that is on the top of my list. The majority of the movies that I really like are a bit associated with music. And nothing like a movie that celebrates Mozart – one of the best music composers of all time. The movie is “Amadeus” - for me an excellent movie, winner of 8 Oscars and it is really well given. Specially to F. Murray Abraham as the best actor for the part as Salieri.

The film tells the story of life of Mozart when he moves to Vienna. It’s a bit mixed with real and fictional events. However the real story is around a sinister composer – Salieri who gives an entire devotion to God in order to have the same talent as Mozart’s. At the same time, he doesn’t understand why that divine music comes from a ridiculous figure, full of sins and vices. At one point of the story Salieri turns against God himself and decides to revenge.

The plot is based on a sinister rumour around Mozart’s death. Was he poisoned? If he was, was Salieri his murderer? Its is certain that some aspects are not real as the scene in which Salieri helps Mozart finishing the Requiem. However, its is told that Mozart was that funny person with a very loud laugh.

Ah I forgot one thing to mention! I believe that the Academy forgot to give an Oscar to one of the main roles – the music. It appears from the beginning to the end and it is the main character that moves the loves and hates in all plot. It’s better not to say anything else. Let’s look at a trailer!


Film: Amadeus
Realizador/Director: Milos Forman
Argumento: Peter Shaffer
Ano/Year :1984